A UTILIZAÇÃO DA ESCALA DE BRADEN COMO NORTEADORA DE INTERVENÇÕES DE PROFISSIONAIS DE SAÚDE NO CUIDADO INTENSIVO
Abstract
A lesão tecidual por pressão (LTP) é um grave problema de saúde evitável que acomete pessoas já enfermas por diversas patologias. Sua ocorrência em unidade de terapia intensiva (UTI) é alta e a utilização da escala de Braden (EB) apresenta-se como uma aliada. O objetivo dessa pesquisa foi descrever as intervenções realizadas por profissionais de saúde após a classificação do paciente gravemente enfermo, em risco potencial de LTP, segundo a escala de Braden. A relevância do estudo está na descrição de intervenções que podem minimizar problemas adicionais que a LTP pode causar aos pacientes críticos, como: dor, sofrimento e a morbimortalidade, prolongando o tempo e o custo de internação. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica analítica de natureza descritiva de periódicos indexados nas bases da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foi realizada pré-leitura do material e análise inicial seguida de leitura interpretativa. A LTP têm como principal causa a pressão prolongada exercida sobre uma área do corpo contra uma superfície rígida, que determina perda da circulação nessa região e subsequente destruição tecidual e é um consenso entre os artigos pesquisados que a EB, que é um score de risco de LTP, tem um importante papel na tomada de decisão frente as medidas preventivas, especialmente em UTI. Dentre as quatorze medidas citadas nos artigos pesquisados, que evitam a formação de LTP, destacam-se a mudança de decúbito de duas em duas horas, a hidratação cutânea com óleos ou cremes, uma nutrição adequada, manter hemoglobina dentro dos níveis de normalidade, levantar o paciente ao movimentá-lo no leito ao invés de arrastá-lo, a atenção para se manter os lençóis sempre bem esticados e a utilização de colchões pneumáticos, dentre outros. Conclui-se que a EB é uma importante ferramenta na classificação do risco para LTP e ajuda a direcionar as intervenções de profissionais de saúde para prevenir este agravo em pacientes já críticos.