AVALIAÇÃO DA IMPLANTAÇÃO DO PROTOCOLO DE MOBILIZAÇÃO EM PACIENTES ONCOLÓGICOS CLÍNICOS INTERNADOS
Abstract
O paciente oncológico está propenso a desenvolver a síndrome do imobilismo e ou grandes perdas da funcionalidade, uma vez que a doença e o tratamento trazem consequências psíquicas e principalmente físicas por causarem alterações fisiológicas. O câncer e seu tratamento estão associados a hipomobilidade com consequente diminuição da capacidade física e funcional que leva diminuição da qualidade de vida e da sobrevida. A proposta do estudo baseou -se na a avaliação da implantação do protocolo de mobilização em pacientes clínicos oncológicos internados na Unidade de Internação Clínica Do Hospital do Câncer de Muriaé -Fundação Cristiano Varella, utilizou -se a ferramenta “diário de mobilização” que é baseada em exercícios progressivos considerando esta progressão STEPS (STEPS de 1 a 5 ) e espera -se a consequente melhora física e funcional do paciente. O estabelecimento de uma rotina de exercícios é uma estratégia necessária durante a internação uma vez que previne e trata as complicações decorrentes do tratamento e contribui para que faça parte da rotina dos pacientes e agregue força no combate ao câncer. A coleta de dados foi realizada de agosto a dezembro de 2021, pacientes que aceitaram participar da pesquisa assinaram TCLE. Neste período foram concluídos 24 diários de mobilização, desses: 3 foram excluídos da análise por se encaixarem nos critérios de exclusão, 2 devido terminalidade e 1 óbito durante a aplicação do diário no processo da pesquisa. Verificou-se em relação a capacidade funcional, ,á partir da aplicação do diário de mobilização nos 21 pacientes que se encaixaram nos critérios de inclusão, que, em 18 (85,7%) houve melhora, em 2 (9,5%) houve piora e em 1 (4,7%) o paciente se manteve no mesmo STEP. Verificou-se a respeito da capacidade física, com a utilização da “Escala de Graduação Subjetiva da Força de Musculatura Esquelética MRC” (Medical Research Coucil) que, dos 21 diários de mobilização analisados 2 apresentaram melhora da capacidade física (9,5%), 1 apresentou piora da capacidade física (4,7%), 18 mantiveram mesma capacidade física da admissão e alta (85,7%). Os resultados encontrados não foram satisfatórios. Acredita-se que isso deve-se a fragilidade do perfil dos pacientes oncológicos clínicos juntamente a sintomatologia associada onde é relatado por eles queixa de fadiga e fraqueza muscular em MMII .Conclui-se dessa maneira que, uma rotina de exercícios durante a internação hospitalar, acompanhada e supervisionada pelo fisioterapeuta (aplicação do protocolo) pode ser efetiva com resultados satisfatórios na melhora da capacidade funcional e na evolução da mobilização (STEPS) podendo prevenir e ou amenizar a Síndrome do Imobilismo e sintomatologias associadas durante período de internação.