ESTADO EMOCIONAL DO PACIENTE NA INCERTEZA DO DIAGNÓSTICO
Abstract
O diagnóstico médico é realizado através do conhecimento do profissional de saúde em reconhecer uma doença a partir de sinais e sintomas observados, corroborando com estratégias assertivas para o tratamento do paciente. No entanto, a incerteza do doente até o momento em questão, é um fator que interfere de forma pejorativa no aspecto emocional, gerando sentimento de frustração, medo, sofrimento e tristeza. Nesse contexto, faz-se necessária uma boa relação médico-paciente a fim de reduzir os impactos emocionais causados durante a espera do diagnóstico, uma vez que, sentimentos podem comprometer de forma intensa a vida de um indivíduo. Por isso, o presente relato consiste em analisar o estado emocional do paciente diante um problema de saúde pública. Tal observação foi feita por meio da experiência de alunas da faculdade UniRedentor, do curso de Medicina, através de atendimentos assistidos, na área dermatológica, no Hospital São Vicente de Paulo, em Bom Jesus do Itabapoana. Desse modo, é relevante destacar que durante um atendimento ambulatorial, observou-se a reação de angústia do paciente na presença da incerteza do diagnóstico médico, que no caso vivenciado era um episódio reacional de hanseníase, tendo a patologia já provocado abalos emocionais. Sendo assim, foi solicitada uma biópsia para verificar alterações na amostra coletada, tendo o paciente apresentado um descontrole emocional durante todo o procedimento. Nesse viés, vale destacar o impacto psicológico ocasionado no que se refere ao tempo envolvido na incerteza do diagnóstico, ou seja, até que se realize a biópsia e se obtenha o resultado, o paciente ficará com um sentimento de medo diante da possibilidade da reativação da doença ou um tumor maligno. Durante o processo, pode-se afirmar que o cotidiano é influenciado, prejudicando atividades habituais, causando insônia e ansiedade. Ademais, não só o diagnóstico, mas também o tempo de espera do mesmo, pode vir a afetar toda a estrutura familiar, uma vez que, altera seu funcionamento. Em suma, a prática possibilitou a construção do conhecimento de como notificar o paciente sobre a hipótese diagnóstica e como lidar com a resposta emocional diante da incerteza. Assim, é de extrema importância atuar de forma humanizada, a fim de amenizar o impacto causado pela notícia, garantir uma maior adesão ao tratamento e maior confiança no médico.