TUMORES MALIGNOS DE CABEÇA EM PACIENTES DE 0 A 18 ANOS: UMA REVISÃO LITERÁRIA
Abstract
Os tumores cerebrais em pacientes pediátricos estão inseridos em um conjunto de doenças de comum proliferação desordenada de células, podendo ocorrer em qualquer topografia do organismo. Contudo, os tumores malignos pediátricos geralmente afetam as células do sistema hematopoético e tecidos de sustentação, explicados por se tratar de tecidos de natureza embrionária, ou seja, de células indiferenciadas, o oposto do que ocorre em câncer em adultos, em sua grande maioria afetam as células do epitélio. Como isto, a incidência de subtipos de câncer é variável entre crianças e adultos. Enquanto os tumores cerebrais malignos estão entre as principais causas de morte por câncer em pacientes jovens, na idade adulta observa-se maior incidência em casos de câncer de pulmão e brônquios. Isso explica o fato dos tumores que acometem na infância e na adolescência terem maior evolução maligna devido à dificuldade de tratamento. Justifica-se essa questão por ser uma das mais relevantes, visto que a anatomia corporal não está completamente desenvolvida nas crianças, tendo órgãos vitais ainda muito próximos uns aos outros, dificultando assim a tomada de decisão médica com relação a melhor escolha de tratamento. Muitas vezes quando tumores atingem a região da cabeça, esta neoplasia torna-se irreversível, pois torna-se incompatível com a vida. Observa-se que nas últimas duas décadas, com o avanço das tecnologias de imagens aumentou as chances de detecção precoce, e diagnósticos certeiros, que minimizam a recorrência ou disseminação tumoral. Apesar dos diagnósticos convencionais baseados em ressonância magnética também não oferecem informações adequadas sobre o tipo específico de tumor, grau do tumor, viabilidade. e resposta ao tratamento das lesões. Este trabalho tem o objetivo de contribuir melhor para o entendimento destas neoplasias, bem como, discutir as melhores formas de tratamento para a faixa etária. Levando em consideração que por meio de um diagnóstico precoce é possível minimizar os índices de morbimortalidade diretamente relacionados à doença, bem como auxiliar em estratégias pela dificuldade de seu tratamento, seja por desafios médicos, ou para os pacientes, em decorrência ao alto número de possíveis déficits físicos, e sequelas neuropsicológicas e neuroendócrinas que podem causar. Para a confecção deste estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica de artigos publicados nas plataformas SciELO e PUBMED. Dos quais foram selecionados inicialmente 12 artigos, destes excluídos 4 por não cumprirem os requisitos de relevância no trabalho, sendo eles, publicação nos últimos 05 (cinco) anos, e por se tratar de temas semelhantes ao tema de estudo deste trabalho. Finalizando a base de dados com 08 (oito) trabalhos. As neoplasias encefálicas que afetam os pacientes da faixa etária de 0 a 18 anos, consistem em um desafio complexo para os profissionais de saúde, dadas as dificuldades impostas pelo fato de serem indivíduos em desenvolvimento. Contudo, com o iminente desenvolvimento tecnológico os diagnósticos tornam-se mais precoces, já que mais recursos são disponibilizados aos profissionais, reduzindo a quantidade de casos graves da doença e permitindo uma maior expectativa de vida.