APRAXIA DE FALA NA INFÂNCIA CONCOMITANTE COM ATRASO DE LINGUAGEM
Abstract
A Apraxia de Fala na Infância é definida como uma desordem na programação motora da fala na infância, com ausência de déficits neuromusculares. Se manifesta como dificuldades no planejamento e/ou programação das sequências de movimentos, ocasionando em erros na produção dos sons da fala e prosódia. Pode indicar apraxia em crianças: desordens neurocomportamentais complexas - genético, metabólico associada à doença intrauterina, infecções, trauma e associada a uma alteração dos sons da fala de origem neurogênica idiopática, mas não estar associada a qualquer desordem neurológica conhecida ou neurocomportamental complexa. Já atraso de linguagem se apresenta como um distúrbio da comunicação em crianças que não atingem os marcos do desenvolvimento para sua idade. Objetivo(s): O objetivo deste trabalho é relatar um caso de um paciente que foi diagnosticado com Apraxia de fala na infância atrelado a um Atraso de Linguagem. Reconhecer as características da apraxia de fala através do mesmo. Metodologia: Primeiramente realizou-se uma pesquisa bibliográfica para embasar a pesquisa documental do prontuário. Resultados/Discussão: Paciente do sexo masculino, 4 anos, chegou ao setor fonoaudiológico do Centro de Atendimento Clínico de Itaperuna (CACI), com queixa de “falar poucas palavras” – (SIC) utilizando de gestos para se comunicar, emitindo vocalizaçoes. Em relação ao seu desenvolvimento motor, relatou-se que o paciente possui dificuldades em tarefas cotidianas. Com isso, realizou-se a aplicação do Protocolo de Observação Comportamental – PROC e logo concluiu-se que o paciente possui atraso no desenvolvimento da linguagem. Deu-se início a terapia 1 vez na semana com objetivos de estimular a linguagem. De acordo com as evoluções em seu prontuário, ele apresentou pouca evolução, necessitando diversas vezes de auxílio para a execução de tarefas e notou-se dificuldades na praxia fina e oral, na sequencialização de sílabas na fala e vocabulário restrito. Além disso, ele apresentou dificuldades na coordenação motora, o que levou ao encaminhamento a fisioterapia. Vale ressaltar que o paciente possui hipótese diagnóstica de Autismo, sugerida pelo médico. Após a observação das características manifestadas no atendimento, a fonoaudióloga responsável sugeriu o diagnóstico de Apraxia de fala na infância. Agora a terapia ocorre duas vezes na semana, ora estimulando a linguagem, ora o treino motor da fala. Primeiramente, buscou-se trabalhar a articulação, posicionamento labial, associação de sílabas e sequencialização; Vale ressaltar que esses fonemas trabalhados com ele são os primeiros a serem adquiridos no processo de aquisição de fala de crianças típicas. Atualmente, trabalha-se os dois fonemas com as palavras monossílabas e dissílabas, observando-se evolução significativa em relação ao início das terapias. Considerações Finais: A descrição acima contribui para que casos como do paciente sejam o mais rápido possível diagnosticado, procurando o fonoaudiólogo para que se inicie de imediato a terapia, promovendo uma comunicação eficiente e maior sociabilização.