SILICOSE PULMONAR: RELATO DE EXPERIÊNCIA
Abstract
A silicose é uma doença ocupacional, classificada como causa de invalidade entre as doenças respiratórias ocupacionais. Sua intensidade é relacionada ao tempo de exposição do trabalhador. Esta pode se apresentar de 3 formas diferentes: silicoproteinose, silicose acelerada e silicose crônica. A doença não apresenta cura e para evitá-la deve-se usar métodos preventivos como equipamentos de proteção individual, além de orientações e diminuição do tempo de exposição do trabalhador. A doença se relaciona com outras como tuberculose, doenças auto-imunes, granulomatose de Wegener, doença de Graves, dermatomiosite, síndrome de Sjogren, LES e anemia hemolítica. Sua progressão é normalmente fulminante, com tosse, dispnéia rapidamente evolutiva, perda ponderal, insuficiência respiratória e morte prematura. A presença de nódulos são comuns na silicose, principalmente na parte dorsal alta pulmonar, porém esses nódulos podem se expandir por todo o pulmão.O padrão encontrado nos exames de imagem da silicose são comuns em outras doenças, como na linfangite carcinomatosa, na sarcoidose, na pneumonite e na bronquiolite. Essas doenças se diferenciam por histórias de evolução diferentes, logo a história ocupacional do paciente é de suma importância para o diagnóstico. O aumento da sobrevida dos pacientes se deu em razão de dois determinadores: a adesão de ações de controle ambiental, que sucederam na redução das formas graves e prematuras de silicose, e a terapêutica antimicrobiana, que minimizou a mortalidade por tuberculose pulmonar em pacientes silicóticos. A cura da silicose ainda é desconhecida e, devido a esse dado, é necessário investimento na educação da população sobre essa doença, deve-se além de afastar o trabalhador das atividades, focar na prevenção e evitar agravos através da vacinação.