QUALIDADE DE VIDA E AUTOCUIDADO DE INDIVÍDUOS COM DIABETES MELLITUS TIPO II
Abstract
O Diabetes Mellitus (DM) tipo 2 é uma síndrome que cursa com disglicemia, tendo como característica a hiperglicemia devido à ausência da insulina ou por falhas na secreção e ação deste hormônio. O tratamento da DM exige mudanças no estilo de vida, o que pode interferir na qualidade de vida dos indivíduos. Assim, o objetivo deste trabalho foi estimar o impacto do diabetes na qualidade de vida de adultos com diabetes mellitus tipo 2 relacionando com fatores sociais e de autocuidado. O projeto foi realizado numa clínica, em Itaperuna, RJ. Foram incluídos indivíduos, de ambos os sexos, com idade superior a 18 anos, com diagnóstico médico de DM tipo 2, em uso de hipoglicemiantes orais ou não e/ou utilizando insulina ou não. Após assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido, os indivíduos responderam a um questionário de identificação e caracterização do tratamento do diabetes, adaptado de Gross (2004). Em seguida, os participantes responderam à versão brasileira da Escala PAID, que estima o impacto do diabetes na qualidade de vida e o Questionário de Atividades de Autocuidado com o Diabetes (QAD). Os dados dos questionários foram relacionados entre si. Participaram do presente estudo 20 indivíduos, com idade média de 61,9 (DP=13,29) anos, a maior parte composta por idosos, do sexo feminino. Apresentam tempo médio de diagnóstico de diabetes de 12,35 (DP=13,50) anos, doença controlada pela maioria por meio de medicamentos. Quanto ao valor da última glicemia de jejum, a média foi de 255,33 (DP=80,92) mg/dL. O resultado médio de PAID foi de 25,37 (DP=26,66) indicando baixo nível de sofrimento percebido com a doença. Para o QAD, observou-se um “bom cuidado” na ingestão de doces e na averiguação de sapatos antes de calçá-los e secagem dos pés. Não foram observadas associações entre o resultado do PAID e as atividades de autocuidado avaliadas pelo QAD (p>0,05).