FUNCIONALIDADE DOS MEMBROS INFERIORES EM IDOSOS FRÁGEIS E NÃO FRÁGEIS DAS COMUNIDADES CEHAB E SURUBI NO MUNICÍPIO DE ITAPERUNA-RJ: ESTUDO TRANSVERSAL
Abstract
A população mundial está ficando cada vez mais velha, e nas próximas décadas, a população com mais de 60 anos de idade irá aumentar consideravelmente. No Brasil o aumento de toda a população já é significativo, e projeções indicam que com o passar dos anos, população brasileira será uma das maiores do mundo. Com isso, é importante a elaboração de políticas públicas que focalizem o processo de envelhecimento, pois os índices de incapacidade, fragilidade e morbidade também vêm aumentando em todo mundo, fazendo com que haja cada vez mais compreensão sobre o processo de envelhecimento, procurando alternativas para manter seus cidadãos idosos socialmente e economicamente integrados, e independentes. Esse estudo se justifica pelo número crescente de idosos no Brasil, o que torna necessário conhecer melhor as limitações dessa população e promover uma melhora na qualidade de vida dos mesmos. O objetivo desta pesquisa foi avaliar a funcionalidade dos membros inferiores em idosos correlacionando-a com a fragilidade. Trata-se de um estudo Transversal, de caráter exploratório, através de uma pesquisa de campo com análise quantitativa. Participaram da pesquisa 50 idosos, de ambos os sexos e com idade superior a 60 anos, que residem nas comunidades Cehab e Surubi no município de Itaperuna-RJ. Foi utilizado um questionário com dados sociodemográficos, socioeconômicos e clínicos, para traçar o perfil social do indivíduo. O Mini Exame do Estado Mental (MEEM) para detectar declínios cognitivos e caso seja necessário, excluir o participante da pesquisa. A Escala de Fragilidade de Edmonton (EFE), para rastrear a síndrome da fragilidade e o grau que apresenta. A avaliação da funcionalidade dos membros inferiores dos idosos foi feita através da Short Physical Performance Battery (SPPB), Teste Sentar e Levantar 30s e o Teste da Velocidade da Marcha. Foi detectado no estudo que houve uma correlação significativa entre a fragilidade e o desempenho dos idosos em todos os testes realizados. São necessários novos estudos, com grandes amostras, que correlacionem a fragilidade com a funcionalidade dos membros inferiores nos idosos para obter dados mais relevantes.