SUBSÍDIOS PARA O GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS NO MUNICÍPIO DE SÃO JOÃO DA BARRA – RJ
Abstract
Cerca de 60% dos municípios brasileiros, principalmente os de pequeno porte, ainda dispõem seus resíduos sólidos urbanos de maneira inadequada. A solução desse problema representa um grande desafio para a gestão pública. Em São João da Barra, município localizado ao norte do Estado do Rio de Janeiro, até os anos setenta, os cidadãos costumavam lançar seus dejetos diretamente nas águas do Rio Paraíba do Sul ou descarta-los a céu aberto. Em virtude disso, a investigação proposta neste trabalho tem o objetivo de fazer um diagnóstico do processo de gestão dos resíduos sólidos urbanos no município, a partir da visão de atores sociais envolvidos nesse processo. Trata-se de uma pesquisa exploratória de caráter descritivo do processo de coleta e disposição final de resíduos sólidos urbanos no Município de São João da Barra - RJ. Os dados utilizados para este artigo foram obtidos através de bibliografia especializada, entrevista semiestruturada aplicada aos secretários de meio ambiente da Secretaria Municipal de Meio Ambiente da Prefeitura Municipal de São João da Barra e de entrevistas feitas com Técnica em Meio Ambiente da Empresa concessionária pelo manejo dos resíduos urbanos no município. Ainda foram feitas visitas e observações “in loco” ao “lixão” as quais permitiram descrever os aspectos inerentes à coleta, o transporte e disposição final dos resíduos sólidos do município em estudo. Conclui-se que o município possui sistema de coleta diário, transporte através de caminhão compactador e disposição final, porém, percebeu-se que falta à comunidade a pré-disposição em tratar e minimizar a geração dos resíduos na fonte e também falta aos indivíduos a consciência dos prejuízos que os resíduos causam ao meio em que vivem. Como recomendações para estudos futuros sugere-se que o governo municipal elabore um plano de gerenciamento integrado de resíduos sólidos, bem como o estudo de áreas para a implantação de um aterro sanitário, e a elaboração de leis que complementem o Plano Diretor existente com o assunto em questão, além de incentivar a coleta seletiva mediante programas de educação ambiental junto aos cidadãos.