ERRO MÉDICO: RESPONSABILIDADE E ÉTICA NA VIDA ACADÊMICA E PROFISSIONAL
Abstract
O Código de Ética Médica estabelece padrões e condutas que devem ser seguidas pelos profissionais da medicina e tem o propósito de aprimorar os serviços dessa área e evitar que os erros médicos aconteçam. O médico no exercício da sua profissão lida com a vida de seres humanos, sendo responsável pelos danos ou prejuízos contra terceiros. Assim, o estudo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre os erros médicos e os fatores que os influenciam. O erro médico pode ser influenciado por ordem pessoal (exclusivamente do médico) ou estrutural. Dessa maneira, a melhor forma de evitar processos e denúncias contra médicos é conservar a relação médico-paciente, pois quando esta relação é definida pelo respeito, sinceridade, afeto e liberdade, ela atinge um alto grau de compreensão e complacência recíproca, o que torna as possíveis falhas compreensíveis. Na maioria das vezes, os erros médicos causam danos e interferem na vida do paciente, seja no âmbito psicológico ou das atividades diárias. Sendo assim, a perda de dados relevantes ao setor nacional de saúde, também é um fator de negligência, já que o preenchimento da declaração de óbito fornece informações essenciais para o traçado da epidemiologia de uma região. Falhas no processo de identificação do paciente é outro fator, visto que quando a identificação é feita de maneira incorreta, ela induz a uma cascata de eventos adversos e erros, envolvendo todas as assistências feitas na saúde, como a aplicação de medicamentos, a prática de procedimentos ou cirurgias, exames laboratoriais, assim como a entrega de bebês neonatos às suas famílias. Assim, sugere-se que a prevenção de iatrogenias tenha início na formação acadêmica do profissional, uma vez que é essencial a um médico generalista recém-formado estar habilitado para realizar suas ações, buscando maior prevenção e/ou resolução de possíveis conflitos que possam vir a surgir ao longo da carreira médica.