Q-SOFA COMO PREDITOR DE MORBIMORTALIDADE PACIENTES CRITICOS COM SEPSE.
Abstract
OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico dos pacientes atendidos em um hospital de referência na região norte do estado do Ceará. Identificar dentro do protocolo de manejo da sepse fatores que influenciem o desfecho desses pacientes e utilização do escore Q-SOFA como ferramenta de morbimortalidade em pacientes críticos. MÉTODOS: Utilizou-se como amostra 1360 prontuários dos pacientes acometidos por sepse admitidos no hospital estudado no período de janeiro/2019 a fevereiro/2020. Estudamos o perfil dos pacientes, o desfecho e a taxa de conformidade do protocolo e sepse da instituição. RESULTADOS: Observou-se que a maioria dos acometidos por sepse eram homens 51,69%, com média de idade de 51 anos. Em sua maioria os casos eram de origem comunitária 67,13% com foco pulmonar 53,67%. Dos pacientes avaliados, 45% permaneceram até 7 dias no internamento, 25% entre 7-14 dias e 30% estiveram internados por mais de 14 dias. Sobre desfecho, 45,64% evoluíram para alta e 43,03% para óbito. A taxa de conformidade variou entre 56,65% (Reavaliação do status volêmico e perfusão) e 89,57% (Abertura do protocolo sepse em tempo oportuno). CONCLUSÃO: Os resultados apresentados corroboram parcialmente com os dados já existentes na literatura acadêmica e sugerem que a capacitação dos profissionais da equipe multidisciplinar para identificação e início do protocolo de sepse pode melhorar o prognóstico de desfecho do paciente. Estatisticamente a abertura de protocolo em tempo oportuno esteve relacionada com o desfecho dos pacientes. Conclui-se que o Q-SOFA é uma ferramenta preditora de morbimortalidade em pacientes críticos.