PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: O PAPEL DA FONOAUDIOLOGIA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE CASO CLÍNICO

  • Amanda Almeida Machado
  • Jéssica Tavares da Silva e Paiva
  • Larissa Ferreira de Souza
  • Renata da Silva Neves
  • Thamiris Ferreira Fialho

Abstract

O nervo facial (VII par craniano) tem origem no tronco cerebral a nível de sulco bulbopontino. É um nervo misto (sensitivo e motor), e possui cinco ramos: temporal, zigomático, bucal, mandibular e cervical. O nervo facial está totalmente envolvido na inervação da musculatura da mímica facial, e pelo 2/3 da sensibilidade gustativa da língua, além de enviar estimulação nervosa para as glândulas salivares e lacrimais e ao músculo estapédio. A paralisia facial (PF) origina-se de uma lesão no nervo facial. Essa lesão pode acarretar diversos graus de comprometimento, afetando os músculos da mímica facial, comprometendo a estética e a funcionalidade do sistema estomatognático (fonação, mastigação, sucção e deglutição). A paralisia facial periférica (PFP) é resultante da lesão infranuclear do próprio nervo facial, a paralisia acontece de maneira homolateral à lesão, afetando toda a hemiface. Dessa forma, a atuação fonoaudiológica na reabilitação do paciente com PFP tem a finalidade de minimizar as sequelas da paralisia nas funções da mímica e da expressão facial e funções estomatognáticas. Auxiliando na manutenção do tônus muscular e readequação dos aspectos funcionais e estéticos. Objetivo(s): Este resumo tem como objetivo ressaltar a importância da fonoaudiologia na reabilitação da paralisia facial periférica. Métodos: Foram realizadas anamnese com o paciente para investigação da queixa e avaliação oromiofuncional pré-intervenção fonoaudiológica identificando as alterações musculares e funcionais. Reavaliando o mesmo após cinco semanas de terapia. Resultados: Após cinco semanas de fonoterapia, observou-se melhora na simetria do rosto em repouso, na oclusão palpebral, há movimento do músculo levantador do supercílio, músculo levantador do lábio superior e da asa do nariz e músculo orbicular da boca. Discussão: O resumo em questão trata-se de um estudo de caso clínico de um sujeito do sexo masculino, 40 anos, na fase flácida da paralisia facial periférica de causa idiopática, realiza acompanhamento fonoaudiológico no Centro de Atendimento Clínico de Itaperuna (CACI). Na anamnese fonoaudiológica, o paciente relatou ser hipertenso em tratamento e que a paralisia iniciou repentinamente, sem causa específica. Foi encaminhado pela médica da UPA – Unidade de Pronto Atendimento da cidade de Itaperuna/RJ a iniciar tratamento fonoaudiológico e fisioterapia. Após a avaliação fonoaudiológica o paciente foi encaminhado para o médico otorrinolaringologista devido a queixa de zumbindo e para o neurologista para realização de exames de imagens. A terapia fonoaudiológica consiste na ativação de pontos e zonas motoras da face, estimulação térmica (gelo), exercícios oromiofuncionais. Considerações Finais: Conforme o tratamento proposto o paciente vem obtendo resultados satisfatórios, uma vez que já se pode observar simetria e movimentação na musculatura orofacial. A intervenção feita de forma precoce, durante a fase flácida, contribui para uma boa recuperação do paciente. Vale ressaltar o trabalho interdisciplinar simultâneo da fisioterapia e da fonoaudiologia, mas que nada disso seria possível sem a colaboração que o paciente vem tendo durante a terapia, o que é essencial para o sucesso da mesma.

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Published
2022-11-17
How to Cite
Almeida MachadoA., Tavares da Silva e PaivaJ., Ferreira de SouzaL., da Silva NevesR., & Ferreira FialhoT. (2022). PARALISIA FACIAL PERIFÉRICA: O PAPEL DA FONOAUDIOLOGIA NA REABILITAÇÃO DE PACIENTE CASO CLÍNICO. Revista Interdisciplinar Pensamento Científico, 7(3). Retrieved from http://reinpec.cc/index.php/reinpec/article/view/933