AFERIÇÃO E INTERPRETAÇÃO DA PRESSÃO ARTERIAL NO QUE TANGE O CUIDADO INTEGRAL

Abstract

A Pressão Arterial (PA) consiste em uma medida que reflete os níveis pressóricos estabelecidos no interior das artérias, em que essa medida se baseia na seguinte fórmula: PA = DC x RVP. A despeito disso, a PA, nada mais é do que o produto do Débito Cardíaco (DC) - quantidade de sangue que o coração bombeia para a circulação sistêmica - pela Resistência Vascular Periférica (RVP) - resistência que os vasos impõem ao fluxo sanguíneo -, em que, por meio disso, tem-se a pressão em mmHg, a qual se encontra o sangue arterial. Além disso, incumbe pontuar que níveis pressóricos elevados, submetem o organismo a maior risco cardiovascular, o que torna maior a possibilidade de eventos patológicos como: Infarto Agudo do Miocárdio (IAM), por exemplo, entre outros agravos. Desse modo, foi constatado a importância da aferição de pressão arterial no contexto da atenção básica, para compreensão dos aspectos clínicos como também socioculturais no processo de adoecimento. Relatar a importância da interpretação das medidas da Pressão Arterial, e seu impacto no contexto saúde-doença, como forma de se desenvolver ações de promoção e prevenção de saúde. Mediante utilização de equipamentos como esfigmomanômetro e estetoscópio, realizou-se a aferição da pressão arterial em indivíduos registrados na Estratégia de Saúde da Família no município de Itaperuna, por meio do método auscultatório de aferição. Dessa maneira, a medida encontrada é registrada e representa uma condição fundamental dos sinais vitais do paciente. Diante disso, buscou-se compreender a influência do contexto social nas medidas pressóricas e, a partir disso, foi desenvolvido projetos de educação em saúde como forma de conscientização e manutenção de uma melhor qualidade de vida para essa população, promovendo saúde e prevenindo agravos, ou seja, garantindo a integralidade. Por meio das aulas de Integração Ensino-Serviço-Comunidade (IESC), os alunos do terceiro período de medicina visitam famílias adscritas que estão registradas na Unidade Básica de Saúde (UBS) e que são selecionadas pela Equipe de Saúde da Família (ESF). Com base nisso, através de encontros semanais, o grupo se reúne com o tutor responsável pela disciplina, e realiza a visita domiciliar da família em questão. Nesse contexto, com auxílio de materiais como esfigmomanômetro e estetoscópio, é possível aferir a PA dos residentes da casa visitada, a qual é um importante registro, no que tange os sinais vitais desses e, mediante a isso, entender como o contexto social dos indivíduos pode impactar nessa medida. Para tanto, cabe ressaltar que maus hábitos alimentares, falta de exercício físico, sedentarismo, tabagismo entre outros aspectos, constituem apenas alguns dos agravos de cunho social que refletem alterações expressivas nos níveis pressóricos sanguíneos. Frente a isso, através da atenção básica e do cuidado integral, é possível analisar todo o contexto do paciente de modo a reverter esse quadro com medidas simples de promoção de saúde, como momentos de educação em saúde que podem acontecer tanto na UBS quanto na residência da família, por meio do cuidado domiciliar, a fim de aumentar a adesão das medidas preventivas como também no tratamento para melhor qualidade de vida.