TIPOS DE DOR: ABORDAGEM CLÍNICA A NÍVEL AMBULATORIAL

  • Chádia Machado Chamoun
  • Jean Miller Nery de Lacerda
  • Jônatas da Cruz Lopes da Rosa
  • Renata Monteiro Teixeira Pontes
  • Silas Rangel de Moraes

Abstract

A dor é uma experiência sensorial e emocional desagradável, que pode apresentar-se de forma aguda ou crônica. Ambas as condições terão a capacidade de comprometer a qualidade de vida do indivíduo, podendo até mesmo incapacita-lo, e por esse motivo, torna-se um grave problema de saúde pública. É caracterizada como aguda quando sua duração é inferior a três meses, crônica quando ultrapassa esse período, e pode ser dividida em nociceptiva, neuropática e nociplástica. Quando a dor é capaz de provocar a incapacidade física ou funcional, pode trazer consequência não apenas aos serviços de saúde, mas também ao sistema econômico, pois essa condição poderá afastar a pessoa em idade laborativa de suas atividades, aumentando o número de absenteísmo no trabalho. O objetivo dessa pesquisa foi descrever os achados clínicos dos diferentes tipos de dor observada nos ambulatórios de clínica médica, que podem ser encontrados através da anamnese e exame físico. A relevância deste estudo consiste no motivo que a queixa álgica é uma das principais causas de busca pelo atendimento de saúde, e o médico necessita de todas as informações necessárias para diagnosticar a etiologia e indicar o tratamento ideal. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica analítica de natureza descritiva de periódicos indexados nas bases da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). A percepção da dor nociceptiva ocorre logo após o estímulo provocado pelo agente causador, em resposta a um dano tecidual real ou potencial, geralmente facilmente identificado e apresenta-se com características que pode variar de intensidade de leve a forte, agudas ou latejantes. Já a dor neuropática é uma moléstia decorrente de uma lesão traumática ou patológica, que afligem as vias somatossensoriais aferentes, tendo como principais manifestações clínicas as dores em choques, alodínea mecânica, queimação, parestesias, agulhamentos, dentre outros. Elas podem ser espontâneas ou provocadas por meio de testes diagnósticos. Ainda neste contexto, a nociplástica está relacionada à sensibilização central da dor, que ocorre pelo aumento da sinalização dos neurônios nociceptivos atuantes no sistema nervoso central. Aspectos importantes como história familiar, dor multifocal com evolução perdurável, concomitância de dores crônicas, alodínea, hiperalgesia e eventos psicológicos, são marcadores valorosos para identificação da síndrome nociplática. A partir desses achados semiológicos podemos utilizar a escala visual analógica para quantificar a dor, permitindo compreender os diferentes limiares. Conclui-se que a dor nas suas diferentes apresentações, deve sempre ser valorizada pelo profissional médico e áreas afins, uma vez que, dependendo da sua etiologia, irá necessitar de um cuidado/tratamento específico.

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Published
2022-11-17
How to Cite
Machado ChamounC., Miller Nery de LacerdaJ., da Cruz Lopes da RosaJ., Monteiro Teixeira PontesR., & Rangel de MoraesS. (2022). TIPOS DE DOR: ABORDAGEM CLÍNICA A NÍVEL AMBULATORIAL. Revista Interdisciplinar Pensamento Científico, 7(3). Retrieved from http://reinpec.cc/index.php/reinpec/article/view/908